Angola espera-nos...(ou nós esperamos Angola...?)
quinta-feira, outubro 12, 2006
Partilhar com quem nos pode compreender (ou não!)
5 Out 06
Hoje estive com a D. Aurora: uma senhora com mais de 60 anos que é natural e viveu parte da sua vida no Huambo. A ansiedade e alegria de ouvir falar da sua terra era tão grande que me entusiasmou no pouco que podia partilhar com ela.
Reconheceu todos os nomes de que lhe falei: Tchiva, Bailundo, Chipipa, Vale do Queve, …
As circunstâncias da vida (como devem imaginar) fizeram com que ela tivesse de sair de lá com a família.
A meio da conversa confidenciou-me que tem medo de lá voltar. E eu compreendo-a. Foi tão feliz lá, que tem medo que o que possa por lá encontrar já não seja nada do que viveu. E de certeza que já não o é.
O Huambo deixa perceber a grandiosidade e riqueza de há 40 anos, mas mostra muito do que uma guerra pode fazer a um povo.
Fiquei com pena de não ter conseguido falar com ela antes da partida, mas se calhar ainda bem que tal não aconteceu.
E confirmou algo que já outros tinham dito: a Ponte não acabou no dia 30! Mas vai-se reconstruindo e recriando cada vez que alguém quer ouvir falar do Huambo, ou cada vez que partilho a pequena experiência que tive… De certo modo é uma obrigação falar dela, fica-se com o coração apertadinho e pensa-se em tanta coisa que ficou para trás e que se viveu, por outro lado, um prazer …
Hoje estive com a D. Aurora: uma senhora com mais de 60 anos que é natural e viveu parte da sua vida no Huambo. A ansiedade e alegria de ouvir falar da sua terra era tão grande que me entusiasmou no pouco que podia partilhar com ela.
Reconheceu todos os nomes de que lhe falei: Tchiva, Bailundo, Chipipa, Vale do Queve, …
As circunstâncias da vida (como devem imaginar) fizeram com que ela tivesse de sair de lá com a família.
A meio da conversa confidenciou-me que tem medo de lá voltar. E eu compreendo-a. Foi tão feliz lá, que tem medo que o que possa por lá encontrar já não seja nada do que viveu. E de certeza que já não o é.
O Huambo deixa perceber a grandiosidade e riqueza de há 40 anos, mas mostra muito do que uma guerra pode fazer a um povo.
Fiquei com pena de não ter conseguido falar com ela antes da partida, mas se calhar ainda bem que tal não aconteceu.
E confirmou algo que já outros tinham dito: a Ponte não acabou no dia 30! Mas vai-se reconstruindo e recriando cada vez que alguém quer ouvir falar do Huambo, ou cada vez que partilho a pequena experiência que tive… De certo modo é uma obrigação falar dela, fica-se com o coração apertadinho e pensa-se em tanta coisa que ficou para trás e que se viveu, por outro lado, um prazer …
Beijinhos Sem Fronteiras
:: posted by Cat, 7:43 da tarde
2 Comments:
Concordo... a ponte não acabou. Continuou na tua partilha e connosco a viver tb um pc do que tu viveste...
bom, na nossa vida só acaba aquilo que tem de acabar, ou que nós decidimos acabar. É preciso tb n dar demasiada importância a algo, ou a menos, apenas na medida correcta para a nossa vida.
Bom... claro que isto são só os meus devaneios :P
Bom... claro que isto são só os meus devaneios :P
